quarta-feira, 12 de novembro de 2008

GRANDE BANG

..............................................................................................................................................................................................................................12 de Novembro de 2008.
Dor aguda no estômago.
Olhos inundados de lágrimas.
Cobranças.
Saliva grossa e grudenta como queijo derretido.
Falta de ar.
Armas brancas e uma vontade de morte.

Neste momento eu penso na minha morte como penso na dos outros. Aquele cara, assim e assado, morreu ou matou-se, dizem que por isso, acho que por aquilo... E depois o fim dado pelo esquecimento.
E os próximos? Dor. Muita dor. Então eu aguento sozinho.

Não quero pânico. Quero paz. Sinto saudades de Ari.
Eu estou tão sério quanto um velho burro amarrado, preso ao sol.
A alma está lavada, o coração está voltando a bater normalmente.
Nem tudo são ervas daninhas, mas eu não gosto deste mundo carnal, de matéria, pois corpo, coração, mente e espírito estão fora do equilíbrio.

Emotional healing for family upsets, a broken heart, or other problems, and psychological healing for mental illnesses are handled differently still. "Sometimes we need to heal our impatience," Jamie Sams says. "And sometimes we need to heal our frustrations. Many times we need to heal the internal criticism that our brain is constantly carrying on, which makes us feel less than. But always, we need to take a look at that which does not work in our lives, and makes our behavior out of balance towards ourselves and others."

sábado, 25 de outubro de 2008

"Mistérios e Paixões"



Oh, como eu sinto falta da “Clack-Nova” que nunca tive!
É muito triste o papel em branco, é solitário. É também sufocante querer livrar o peso da alma, mas não saber como fazer o cambio para o papel.
Cada sentimento que passa por mim, que muda algo em mim, a freqüência cardíaca, a freqüência psíquica e etc. Eu queria saber como descrevê-los corretamente pra me orgulhar no fim da página, e com esse orgulho pouco, fazer uma tempestade de bem-estar. E as coisas que não são palavras, e as coisas que nunca serão decodificadas? Estas são sagradas!
Por isso ninguém que mereça atenção escreve Deus ou dita. No máximo faz uma idéia de como seria. Ousadia todos tem, todos os sentimentos existem em todos os seres humanos, assim como conseguimos reconhecer-nos nos outros: Oh, que asqueroso, estupro, assassinato, pedofilia... Cada sentimento existe e é necessário pra nosso “sistema operacional” reconhecê-los para evitar ou não o uso. Até mesmo a hipocrisia está contida em todos nós.
Mas a questão aqui é que não há questão dentro de uma dezena de linhas e algo mais, e nem por isso eu aceito o texto como não-válido.
Saudações.

Rafael Oliveira

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Esquizofrenico


-É que todas as vezes que passo por uma funerária e olho pra dentro, todos aqueles caixões, tão lindos se não fosse sua utilidade, eu, inevitavelmente olho pra alguém nas ruas, e este alguém morre em menos de uma semana. Isso me atormenta.
-Eu não tenho como não ver outras pessoas na rua, as ruas estão sempre cheias e eu não posso fechar meus olhos e continuar andando. Daí ele me dizem: Por que então não deixa de olhar para as funerárias?
Eu evito, mas às vezes não dá. Às vezes me esqueço e às vezes eu estou em outras cidades.
Uma vez foi uma menininha negra e sorridente, cheia de vida...
E é por isso que eu estou digitando, meu coração está batendo muito forte e eu sei que morrerei com algum enfarte, algum desses aneurismas ou sei lá. É que hoje eu olhei pro caixão mais bonito de todos e depois me vi no reflexo do espelho do carro da funerária!

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Ontem

Tanta certeza me deixou com dúvidas.

E ele acorda. Ainda deitado lembra-se de ontem. Sentimentos muito misturados, e os bons e os ruins se matando. Eu lhe disse: Ta. Fale então umas cinco ou dez palavras soltas. Ele disse: incertezas, lembranças, medo, vergonha diante das pessoas que do ontem não sabem, alegria, conforto, medo das conseqüências... E o coração balança? E o coração romântico? E o coração artístico? E o coração?
-Mas eu disse umas cinco ou dez, e disse soltas, como dadaísmo.
-Ok, mas é que as vezes as emoções e a razão ficam disputando lugar na gente.

Tudo bem, isso aqui não é pra esclarecer nada mesmo, nem resolver, nem encaminhar, nem fazer sofrer, nem fazer chorar, nem fazer saber, nem mesmo pra confundir. É só pra desabafar.

sábado, 20 de setembro de 2008

EU, XIS.


Sou essa existência que não compreendo, só temo o próprio medo. Às vezes sou grato pela solidão que me faz companhia, às vezes me sinto só ao lado da mesma. Gosto de sons, cheiros e de comunhão. Não gosto de cerimônias. E a solidão me disse que também fica triste quando ninguém está com ela.
Um dia alguém perdeu a orelha porque estava olhando pra uma senhora do outro lado da rua. Isso mesmo, uma senhora, e não uma senhorita. Ele se perdeu no pensamento, reparava como àquela senhora, dona Lupina, tinha envelhecido aparentemente uns cinco anos dentro de apenas um ano, enquanto ele, o alguém, parecia ter a mesma idade e juventude. Dona Lupina estava mais corcunda e mais grisalha. Pensava nisto enquanto um cachorro mordeu sua orelha direita com violência e eficiência pelo lado de dentro da casa, através da grade.
Depois disso foi tudo ruim pra ele, ele foi com a mão no local onde antes havia uma orelha intacta e saudável. Só havia dor, sangue e a saliva do cão, ele tropeçou perturbado e bateu com a cabeça no farol traseiro de um carro. Acordou com um casal o ajudando. Foi pra casa.
Eu, Xis, não gosto de acontecimentos assim.
Existe uma garota que usa tinturas nos cabelos, ela é estúpida. Ela é cobiçada por ser bonita e isso ajuda à sua estupidez que só faz atrasar sua vida. Eu quis entender melhor essa garota. Eu entrei em contato com ela por email, por email ela não parece doida. Mas pessoalmente... Ela ri nas horas erradas. Ela evita o contato de corpo, e quando é declarado que é pra ficar, ela pede pra que você a surpreenda. Fora outras coisas. Ela é bastante estranha. Mas seu corpo não demonstra isso, nem mesmo a tintura em seu cabelo, deixando-a uma branca totalmente artificial de parda que ela é.
Eu, Xis, não gosto de interromper o que estou pensando e digitando mas eu tenho que ir até a casa de um amigo antes que ele venha aqui, lembrei deste compromisso com uma ligação de uma outra pessoa, amiga em comum.
Acho interessante, achei este recado numa calçada no caminho do ponto de ônibus. Tava limpo e dentro de um envelope cor de laranja também limpo. Nele tinha o seguinte:

eu não sei o que desperdiço dentro destas noites balançantes
não sei o que pensam lá fora, no meu colo, com você
explico o que não se explica, me ajoelho ao que recrimina
nada existe além de um medo de não ser feliz
nada existe fora do amor, eu não sei o que pensar em noites como esta
eu imagino o que você sente quando eu não sinto o que se espera
eu adoro seu olhar de duvida, eu duvido do meu olhar de cura
eu me curvo ao desejo seu, eu reconheço você no ar
te espero ansioso, te abraço nervoso, me acalmo sereno em noites como hoje
e eu te amo
e não duvide
eu te amo.
Eu, Xis, compus uma musica, há um tempo, onde
eu colocava coisas parecidas. Talvez um pouco mais apaixonado, talvez não, cada um mede sua paixão. Era mais ou menos assim:

Quando te encontrei / eu nem sei / nem pensei
Que hoje eu e você / sempre vai ser... / me acostumei
Já que te achei / não vou tirar / você de mim
Sempre gostei / mas nunca achei / que fosse assim

Sonhos vindos lá do céu! REFRÂO

Do lado de cá / não sei rimar / com o que senti
Do lado de cá / só sei amar / não sei fingir
Dois nomes / duas cidades / duas condições
Nós dois / diversidade / de emoções
Eu, Xis, gosto de coisas assim, meio líricas. Eu mal acredito na verdade, seja o que for só acredito na paixão e na arte.
Outro pedaço de minha arte:

Me aceitar imperfeito, caminho à perfeição.
E não julgar meus defeitos... Está em minhas mãos não ser assim...
Não se trata angustia, mas sim de solução
Estou buscando ajuda, segura minha mão!
Todo mundo pensa que o risco ajuda
Não, não, não
E quando você chora você sofre e afunda
Não, não, não
Todo mundo pensa q o risco ajuda
Não, não, não
Todo mundo fala, fala, fala, fala...

Em falar em todo mundo, todo mundo não diz muita coisa. É parte da grande história do mundo, mas cada um com poucas participações, só juntando os nomes e ações pra dar algum sentido. Vendo o mundo e todo mundo eu sinto que o mundo mudou e fez de mim mudo e surdo. Um mundo gelado que faz de mim passado. Deitado, calado e sedentário, parece que vou estrelar no fundo do mar, bem escuro e frio, sozinho. Estas praças fazem mal em dias de chuva. O mundo não é mais um lugar seguro, muda a todo minuto, e as chuvas choram ácido de fabricas de aço, o mar está revolto, o mundo muda por segundo.
Aí né! Abílio teve que declarar que tava ficando com duas meninas, mas que estava gostando dela, a tal Amélia. Eles dois são íntimos, têm afinidade e o mesmo humor. Eles dois formam um lindo casal, mas é difícil uma relação como a deles. Por coisas do passado, eles estão quase que impedidos de namorar. Coisa de “ah, você namorou meu irmão e eu já fiquei com sua tia por muito tempo e todos guardam resíduos disso e tudo mais”.
Mas Abílio estava engasgado, e decidiu contar, pra não ter de ficar se contendo sempre e tentando sem muita firmeza uma vez aqui outra acolá.
Amélia reagiu bem e tal, ajudou e entristeceu o pobre Abílio, que também preferia assim, mesmo que suas emoções quisessem o oposto total. Um amor, uma paixão amorosa firme e compromissada com Amélia. Ele pensou em tentar mudar o passado, e tentou matar o passado e viu que só conseguia matar algo que está ao seu alcance. Ele acabou por se matar deixando Amélia apaixonada por ele. Agora com Abílio morto, sem por culpa nela nem nada, ela pensa que se houvesse uma chance mínima de Abílio voltar a viver eles seriam felizes para sempre, ela seria só dele até que ele não quisesse, mas ela estava convicta que ele iria querê-la pra sempre.
Eu, Xis, sinto um conforto frágil, sabendo de tudo que há pra se saber quando se é um mero rapaz de vinte e três anos com uma vida específica e uma experiência específica. Sinto certa melancolia que só morre quando mudo meu humor, de propósito, mudo minhas emoções. Mas nem sempre é fácil. Às vezes até respirar se torna uma ação difícil pra mim.
Tenho dormido demais, dormido com fone de ouvido antes do cd acabar. Dormido sujo, tenho querido não tomar banho escovar os dentes nem tirar os pelos que nascem involuntariamente no rosto ou pelo resto do corpo. Mas não consigo, sempre há algo pra me atrapalhar. E quando quero algo oposto, como mudar pro fuso horário da turma do bem, andar limpo e procurar fazer progresso, também há algo pra atrapalhar. Uma salvação estranha. Uma mulher maluca ou uma boa oportunidade ou uma família. Uma salvação estranha. Uma salvação estranha. Uma salvação estranha. Dentre as salvações, fazer um som é uma das minhas preferidas, me sinto tão vivo e satisfeito, é como um prazer enorme em doses nem muito nem pouco grandes. Mas minhas musicas denunciam meus amores e minhas grades. E eu preciso de certa ajuda, preciso de ouvintes mas preciso das coisas que vejo em meus sonhos também. Gosto de ver com outros olhos. Gosto de ouvir e gosto mais ainda de ser ouvido.

E essa menina da cabeça pesada de tinturas, ela não ouve, quando você pensa que está sendo ouvido você é quem ouve um comentário bizarro sobre algo banal. E tem aquela outra. Uma puta burra pra porra. Ela fica gritando: “Cara, você é o Maximo” “Eu vou lembrar de você quando isso acontecer...” “Me dá essa corrente vai” “Eu, Crismara, perder uma festa?” E eu chego a uma conclusão. É que eu não consigo suportar isso só por sexo. Acabei fazendo outro negócio e até foi legal, elas são legais e burras. Frente ao meu discernimento, são burras demais. Só não sei se isso é um pecado. E não sei se isso também é pecado.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

MEU DEUS, TODO MUNDO CHAMA POR DEUS!

Numa de minhas canções, que, inclusive, coloquei na banda, eu questiono o que diabos Jesus fez pra o pendurarem na cruz. Ah! O nome da canção é 33 D.C, eu brinquei com palavras, brinquei com rimas, mas não, eu não tenho uma religião.
-Você acredita em Deus?
Já devem te ter feito essa pergunta milhares de vezes, como a mim também já fizeram. É um assunto que se torna muito chato por causa da intervenção das religiões, mas ao mesmo tempo é muito simples, pra mim, de se responder. Pra mim Deus foi (e pode ser que ainda seja) o “algo” que começou a fazer surgir toda a matéria e a não-matéria. Sendo que não-matéria eu coloco como os nossos pensamentos ou à nossa consciência que é presa (por enquanto) à matéria que é o nosso corpo.
E de repente, enquanto eu preparava meu almoço, tive um pensamento onde eu ouvia:
-Sabe o que eu fiz pra que eles pendurassem-me na cruz? Eu lhes disse toda a verdade que eu sabia.

Rafael Oliveira B. de Jesus

PS: O QUE SERÁ QUE OS PÁSSAROS CANTAM EM SUAS MÚSICAS ?

Link da musica na banda, num ensaio muito tosco filmado por um MP5 quase sem memória e tudo mais, mas se a curiosidade bater hehehe:
link em breve

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Quem fala é ouvido?


Eu acho que quem fala, de alguma maneira, quer ser ouvido por alguém ou algum animalzinho. E eu penso assim, que pra mim não faria sentido em escrever um livro pra ninguém ler. Ou de repente pra apenas eu ler. Não seria uma conquista.
Mas eu recebi um comentário tão poético quanto minha postagem. E achei legal e vou postar aqui, pela alegria de saber que fui lido por alguém, e por saber depois quem foi este alguém.
Aqui vai, de minha amiga de codinome gabú:


Você já conseguiu ser mais sutil, sei que às vezes ti falta pavio mas desse modo violento, impetuoso, colérico, irascível e veemente acaba melindrando.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Insone


Antes você era misteriosa.
Antes você era excitante.
Uma vez você deixou medo, deixou esperanças, deixou saudades.
Uma vez trouxe-me paz, como um abrigo.
Agora você acelera meu coração num embalo ruim, me causa tédio.
Hoje você me causa aborrecimento, envelhecimento. Me causa raiva.
Agora você insiste com sua presença e eu não te quero por completo, não mais.
Agora, neste momento, eu escrevo pra você, escrevo na sua cara, noite.
Péssima noite, pra você, noite. E me deixe em paz.

domingo, 18 de maio de 2008

"FÍLINS"


E esse sentimento anônimo, repentino, abondandonante, assombroso, nauseante.
E esse sentimento que ao estomago embrulha tudo e faz da musica um inferno, da melodia um berro, da rua um beco. E esse sentimento de ser traído por uma mentira, uma porrada delas, nao por um beijo, nao por uma cama, nao por uma noite, mas por uma mentira!?
E essa desilusao e descrença em todas as pessoas que se pareçam com aquela?

quinta-feira, 17 de abril de 2008

De Novo


Rasgue estas paredes, é música, tudo pode para aquele que a usa.
Não fica acanhado, daqui não se pode ver esse seu lado, fica relax.
Esquece de tudo, queima os demônios de dentro, xinga os de fora, espanta.
Joga lixo na sala, planta moeda que nasce, você vive na selva melhor que na cidade.
Mostra sua cara, esconde a intenção, procura um espaço, morre e vive sempre, como ciclo d’água. Não tem fim e nem é nada demais.
Bota isso pra fora que sofrimento é doença, é a doença do momento. Mata como câncer, mata como AIDS mata. É tudo tão grande que não cabe no infinito, estamos vagando em espaço aberto.

Algo Neural, Mas Tudo No Plural



*Mas você não é de Salvador, veio com uma banda de lá... Sei lá?!
-Não.
*Mas a gente não se conhece?!
-Ah. Eu já falei muito com o baixista de sua banda quando vocês ensaiavam ali perto da igreja do galo.
*Uhm... Então é isso!
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/Vem cá essa noite, pó.
=Fazer o que?
/Quero mudar a minha noite.
=Mas se a noite ainda nem aconteceu, como você quer mudar? Ela ainda não existe!
/Mas a de ontem foi muito parecida com a de ante ontem. Eu não quero isso de novo.
=Então aconteça, exista diferente de ontem.
/Então me beija.
=Mas como? Eu só existo dentro de minha cabeça, você pare de encher o estômago de café!
/Então cala a boca e some! Eu não gosto disso! Eu preciso silenciar você, preciso silenciar minha mente.
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-É... Eu também não consigo explicar estas sensações, estas, essas, aquelas... É vida, é fluxo que às vezes é interrompido. Hoje com tanta freqüência que se tornou sagrado. É algo que deve ser vivido, simplesmente vivido, depois se lembrar ecoando, consumindo a memória de todo o meu ser a ponto de ficar babando com olhos fixos para aquilo que não se vê.
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*Rasgue estas paredes, é música, tudo pode para aquele que a usa.
Não fica acanhado, daqui não se pode ver esse seu lado, fica relax.
Esquece de tudo, queima os demônios de dentro, xinga os de fora, espanta.
Joga lixo na sala, planta moeda que nasce, você vive na selva melhor que na cidade.
Mostra sua cara, esconde a intenção, procura um espaço, morre e vive sempre, como ciclo d’água. Não tem fim e nem é nada demais.
Bota isso pra fora que sofrimento é doença, é a doença do momento. Mata como câncer, mata como AIDS mata. É tudo tão grande que não cabe no infinito, estamos vagando em espaço aberto.