sábado, 27 de junho de 2009

Meu nome é Jonas

Quando acordei tocava algo dos anos 80 no rádio do quarto, tocava Melanie C no som da sala. Faltava muito pouco para as 18 horas e então fui cuidar do quarto e da higiene pessoal. Hoje eu não queria tomar café, café especificamente, apesar de estar entusiasmado em aprender a preparar meu próprio café.
Mas ficou combinado entre mim e minha mãe que eu voltaria para casa hoje, então arrumei tudo na mochila, me arrumei também e já saí com a mochila e cuia. Estava muito frio e chuvoso, ao meu despertar o sol já havia de ter ficado turvamente indiferente. Passos calmos, duas camisas e um capote por cima, bermuda grossa, tênis e um gorro.
Peguei o ônibus para o centro da cidade, o gorro bege com branco alarmava em discordância com o resto dos trajes, fazendo com que as pessoas me olhassem mais que o normal. Eu queria ter escrito, antes de sair, o quanto eu era grato e me sentia abençoado em ter amigos, e na verdade, eu acho que meus amigos são pessoas melhores do que eu. Mas eu não achei a caneta e a fome me apertava, então, de repente, interrompi meus pensamentos e procurei meu caminho para a rua. Descido do ônibus, achei uma lanchonete qualquer, pedi um tipo de humburger com suco de acerola. A lanchonete era a de meu tio, mas ele nem estava lá. Com o troco comprei três cigarros na kit net ao lado, fósforos já os esperavam no bolso.
Subi em direção à pista de skate, ao estádio de futebol da cidade, mas a chuva me tocou e eu parei por ela. Fiquei a fumar meu primeiro cigarro embaixo de uma cobertura tosca, de uma venda velha e suja, sentei-me ao lado de minha mochila. Fiquei pensativo. Pensativo sobre aquela situação de vida e lembrei-me que me encontrava em frente à maternidade onde eu havia nascido, sem roupas e cheio de inocência, e hoje, cheio de roupas e sem aquela inocência, no mesmo lugar...
A chuva se foi e o cigarro acabou, continuei então o caminho que ia seguindo, quando chegava próximo ao meu local de destino encontrei um amigo, o Papa, um conhecido da tribo rock-rua daqui da cidade. Cumprimentamos-nos e ele me informou sobre os últimos acontecimentos da banda de rock a qual eu já fiz parte. Expliquei-me um pouco sobre “eu e aquela mochila” e aquele capote enorme, o que fazia da minha aparência a mesma de um gringo. Segui, pensei que o local estaria vazio, mas, melhor que isso, estava começando um ensaio de fanfarra, algo da filarmônica da cidade. Achei o máximo toda aquela percussão, toda aquela gente em sincronia, todo aquele perigo de errar, os garotos dos metais fazendo as melodias.
Fiquei ali em pé observando, mas percebi rapidamente que nesta condição eu estava mais sendo observado e então me sentei, me misturei à paisagem local, encostado ao alambrado, sentado no meio-muro, com a mochila do lado. Foi maravilhoso porque quando eu era pequeno eu tinha muita agonia de lugares ensolarados e cheios de pessoas e barulhos, mas ali, naquela noite, estava tudo muito frio, espaçoso e tinha pouca pessoa que não fazia parte da fanfarra. Um camarada passou por perto de mim duas vezes, de bicicleta, roubando intencionalmente minha atenção. Acendi, neste momento, meu terceiro cigarro e me permiti ser levado pela musica. Havia também ali pertinho um ensaio de um grupo de meninas dançando ao som da mesma musica, na mesma sincronia, marchando com bandeiras e coreografando. O camarada passou mais uma vez e desta vez falou comigo.
-E aí, curtindo o ensaio, não é? – Perguntou o camarada.
Respondi que sim, que gostava muito de ensaios, então ele disse:
-Você não lembra de mim, mas eu te conheço. Eu sou Mário, fui eu que fiquei te chamando de Joy na ultima apresentação da banda que vocês tocaram, lá na UNEB. Eu senti que o vocalista não gostou e aí que fiquei pedindo um monte de musicas dos Ramones.
Então eu disse a ele que me lembrava sim, por alto, da coisa do Joy, mas que não lembrava realmente da fisionomia dele.
-Prazer em conhecê-lo, cara. Eu sou o Jonas. – Eu disse.
Falei sobre o tal show e conversamos sobre musica, união e política aqui da cidade. Eu disse que tinha que ir, apesar de estar curtindo muito o ensaio e a conversa. Ele perguntou pra que lado eu ia, respondi apontando para um lado da cidade e então ele disse:
-Vamos lá, eu já estava seguindo para a praça mesmo.
Fomos caminhando, ele empurrando sua bicicleta ia falando que não tinha um emprego, mas que se virava para comprar uma bicicleta, um “shape” para montar um “carrinho”. Me contou como funcionava o esquema de fazer dinheiro. Neste meio tempo um homem de uns 30 anos montado numa moto e sem capacete ficou fitando meus olhos. Eu notei e o Mário também. O homem disse:
-Fala Bira! – Em voz alta.
-Como é que é? – Eu ri.
-Você não é filho de Bira? – Perguntou o homem, confuso.
-Nunca fui! – Respondi sem demora e voltei a mesma velocidade de antes ao caminhar. Daí o Mário disse:
-O que foi isso, cara? – Com cara de revolta.
-Sei lá, o cara me confundiu, não viu? – Perguntei.
-Mas e se ele tivesse algum problema com esse tal filho do Bira? – Perguntou ainda com tom de raiva.
-Aí seria um problema a resolver. – Respondi com bom humor e falei que de ali em diante eu seguia para outro lado. Mário despediu-se:
-Porra, velho, “brigado” quando for rolar show me fale, apareça mais nas ruas, eu sou como o rio, num paro de correr nunca!
-Falou mano, é isso aí! – Falei.
-Falou man! – E montou na bicicleta, tomando distancia rapidamente.

Continuei a andada a caminha à casa, agora estava entrando no bairro onde morava. Depois de uns 10 minutos andando eu avistei, na varanda de uma casa de umas amigas, um garoto conhecido, chamava-se Ruan. Parei para falar com Ruan, mas não queria ser visto por sua família pois queria chegar mais cedo em casa. Ruan já havia esquecido quase que completamente o idioma português, pois mora na Itália,e mesmo vindo para cá todas as férias pois a família da mãe é brasileira, não estava conseguindo me entender. Sua mãe me viu, ela gosta muito de mim e é recíproco, ela me chamou para entrar, fez festa, tive que entrar, com a mochila e o cansaço. Tivemos aquelas conversas de quem não se viu faz tempo, falando sobre todos os familiares, sobre as ocupações e possíveis novidades. Fiz a visita ser mais curta e forcei uma despedida com cautela. Vim andando para casa, a noite já estava pesando em meus ombros, cheguei em casa, enfim.
Fora minha mãe e meu cachorro, ninguém falou comigo e nem falei com ninguém, e, ao meio de uma típica briga de meus pais traduzida num bem-vindo entrei no quarto, olhei no espelho e fiz uma pergunta sem motivo nem resposta lógica:
-Quem sou eu? – Pensei.
-Meu nome é Jonas.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Campanha de um homem só

"quem sou eu"? Você amanhã e ontem. Mas hoje que você é você, faça sua parte. Economize água, só o quanto você conseguir, e também energia. E jogue lixo em recipiente próprio para lixo sempre que puder.
Esta não é mais uma questão de ser intelectual, ou moralista, ou demodê... É uma questão de sobrevivência, de inteligência e de consciência global. Tem um filme que ilustra coisas importantes ao redor deste assunto, o nome é "Uma Verdade Inconveniente", assista se tiver a oportunidade ou crie a oportunidade.

Humberto Gessinger disse: "somos um exercito, exercito de um homem só no difícil exercício de viver em paz". Sejamos.

Ah: Vale economizar folhas de papel também, árvores agradecem.

terça-feira, 9 de junho de 2009

A sala de aula na universidade abriga a pessoas que muito se atrasam, que muito faltam com presença. A sala nunca parece estar repleta. Mas é tudo muito rápido, no plano físico da sala de aula da universidade. O data-show é instalado sem demora, usado e desligado logo em seguida. As idéias vão fluindo dentro do tempo de aula, professores e alunos não têm tempo a perder. Texto são lidos, rapidamente discutidos, pessoas caladas pensando secretisses, pessoas colaborando, pessoas conversam baixinho e discretamente de modo que não atrapalhe a aula.
Não importa qual o curso, conhecimentos são compartilhados nestas salas, esquentam como um motor, como o calor dilatando o ar, depois esfriam até a próxima turma, o quadro negro é menos usado que na escola de ensinos fundamentais e médio. O barulho também é menor. Parece o sentido natural da evolução de uma pessoa que nasce, cresce, perde a inocência e com ela a alegria, ganha conhecimentos que as vezes nem queria, e se torna mais culta e entediada, reproduz e então morre.

... No ônibus coletivo da universidade até a cidade é uma coisa. Depois disso, a coisa é diferente, a solidão é coletiva. Nesse primeiro ônibus, todos cansados, o frio em vento entrando forte pelas janelas, as pessoas ainda riem dos acontecimentos da tarde.
Uma garota se insinuando para um rapaz claramente envergonhado; o cobrador recolhendo as passagens; o motorista, mecânico.
Quatro garotas neste mesmo ônibus, gravidas. Isso me tomou os pensamentos por um momento, passei a pensar sobre o verão deste ano, o quão produtivo ele foi, pois as "barrigas" pareciam ter tamanhos parecidos.
Pessoas algumas ainda irão à outra cidade ensinar, ou à mesma. Pessoas tristes, pessoas contentes.

No segundo ônibus, o que leva ao destino individual de cada um, todos calados. Desconhecidos sentam-se ao lado uns dos outros compartilhando frieza e passividade. Pensamentos cansados ainda mais. Pesados. Planos um tanto descrentes sobre o futuro, olhares voltados para baixo. O frio parece incomodar mais, os corações das pessoas parecem sido tocados pelo mofo. Pessoas em pé. A tristeza é aparente, a solidão, a noite chegando, o pensamento coletivo maior é sobre tomar banho, comer e dormir. O dia acaba cedo demais neste segundo ônibus. As pessoas estão tão entanguidas e frias como as suas toalhas molhadas, penduradas ao varal, pesando. Tudo é deprimente demais neste segundo ônibus.

Medievalismo


Hoje li mais uma vez sobre castelos, reis e rainhas, cavaleiros e servos, sobre a igreja e sobre sua influencia nestes tempos, tempos da Inglaterra medieval. Lendas, mitos, mortes e nomes com números romanos ao lado. É tudo com perfume de glória. Às vezes eu queria estar lá, queria vestir ao menos uma vez aquela armadura, queria fabricar uma espada e com ela lutar em cima de um cavalo. Eu não ia acreditar plenamente no rei nem no bispo, acreditaria mais no cavalo, mas isso ficaria oculto à minha pessoa, pois eu não iria querer morrer.
Eu não ia temer o castigo de Deus, mas de quem pensava que podia falar em nome desta entidade. Eu ia ter meus instintos de hoje e de sempre, em contexto e condição diferentes.
Mas hoje eu ouço uma canção tão agradável de se ouvir, do THE SMITHS, que eu penso em ficar nos tempos de hoje mesmo e quase todos os dias. Sempre existiram pessoas agradáveis, pessoas mentirosas, pessoas lindas, pessoas que encantavam, que eram felizes e otimistas, que eram negativistas e assim por diante, sempre em algum lugar alguém pensou não poder viver sem outro alguém, não importa o século.
Mesmo assim é de encantar pensar na vida nos castelos, nos banquetes, na proteção ao reinado, nos amores que ninguém soube, nos bastardos que ninguém conheceram nem conhecerão, nas punição severas e na abundancia de natureza destas épocas remotas.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Nu Social


O propósito aqui é abrir a mente mais uma vez, ou pela primeira vez. Não é propósito deste texto o entretenimento, tampouco a rebeldia ou a agudez de algum sentimento punk ou partidário ou etc. É propósito, sim, lembrarmos ou aprendermos a nos despir de valores morais e ficar nu para a sociedade! Parar com aquele comportamento que herdamos desde pequenos, comportamentos de retraimento, de vergonha, de negação, como quando nossos entes nos advertem: “Epa! Isto é feio, nunca diga isso na frente dos outros, nunca mais faça aquilo. Quando eu tiver conversando com alguém, não se intrometa!”

São mais importantes as visitas? São mais importantes por serem estranhos? Por serem da família? Por serem mais nobres? O que há com vocês, pais socializados? Eis aqui meu julgamento que vocês vão engolir: Vocês têm vergonha de si mesmos quando restringem os filhos! Talvez vocês tenham esquecido o que isso causa.
Este texto não fala de anarquia, ele é um soco na cara da humanidade fraca e desatenta.

O que há de vergonhoso em alguém limpar as ruas, recolher o lixo que você depositou na porta da sua casa? O que há de vergonhoso em falar que não acredita em algo ou alguém que você nunca viu? Alguém que você nunca conheceu?
Todos estão criando os filhos de acordo com a moda, de acordo com a tevê. Curioso como ninguém jovem ousa falar, ou mesmo tenham criado a possibilidade de pensar em dizer: depois de concluir o ensino médio pretendo ser pintor, pretendo trabalhar na área de higiene das clínicas e dos hospitais.
Mas não é importante ter as paredes pintadas ou as cozinhas de nossos hospitais bem limpos?

Muita gente me diz que a questão é que as profissões “melhores” (as quais reconheço como profissões que agradam aos nossos pais quando conversarem sobre as profissões dos filhos) dão mais dinheiro. O mal do homem atual é pensar que a moeda é mais importante que a satisfação. Uma vez em minha vida, por influencia dos outras pessoas, eu pensei em estudar o curso de Direito. Depois eu analisei bem, e ainda bem que era difícil e caro, pois nada tinha a ver comigo. Ler todos aqueles códigos, aqueles artigos e aquelas leis, coisas que são de muita importância para uma sociedade, mas que, repetindo, nada tinha a ver comigo. Eu seria um infeliz com dinheiro no bolso. Vocês já conheceram alguém assim?!
Tenho certeza que sim, pois eu conheço várias pessoas que até mesmo dizem: “Eu não sei como gastar meu dinheiro, sempre estou me arrependendo das minhas aquisições.”
A gente vive pensando que a próxima aquisição de um bem material vai nos tornar alguém mais feliz. Mas nem sempre isto acontece. Acontece muito de nos acostumarmos com o que acabamos de obter e alvejar a próxima satisfação materializada, embalada e à venda. Estas pessoas começam a aprender como que por osmose algo errado, aprendem que serão infelizes para o resto da vida porque a vida é cruel. Mas nós ajudamos a vida a ser cada vez mais curta, cruel e competitiva. A vida é muito rica, se soubermos assim enxergar. Na verdade a vida é um leque de possibilidades.

Sabe quanto às crianças tímidas, quando estas (por um leve “acidente”) perdem parte ou toda a timidez e a canalizam em revolta, rudez, violência, descaso, depressão e/ou vários outros sentimentos ou comportamentos? Isso se dá, às vezes, por conhecerem pessoas que muitos julgam como “à margem da sociedade” ou como “desajustados”, ou mesmo quando encontram um grupo de pessoas que estudam e pesquisam coisas alternativas, federações ou bandas de punk. Aí estes pais começam a culpar os outros, quando deviam culpar-se a si mesmos.

Agora pensem vocês que ainda não são pais e possivelmente serão um dia. Vão agir da mesma maneira? É bem aí que reside o erro. A ignorância não está em não ter aprendido o que não lhe foi exposto, mas observar o erro, já com idade e maturidade para conhecer a dualidade do bem e do mal, e repetir os erros. A hipocrisia é a gênese de muitas coisas erradas da sociedade. Fingir estar bem o tempo todo cansa. Tratar os clientes demonstrando maior atenção e amor, quando na rua, passa pelo mesmo cliente e, o desconhecendo, trata-o com o maior dos descasos.
E a hipocrisia de ser ecologicamente consciente? E todas as mentiras e suas pernas curtas para quem pára para observar?
Somos hipócritas quando desejamos um bom dia “em modo automático”. Só que esta hipocrisia vai se transmutando para uma prisão dos estímulos do corpo, da mente, das vontades e muito mais quando muito de nós, por exemplo, nos forçamos a não arrotar, ao liberar gases, não olhar para a mulher atraente do elevador, não rir demais para não parecer mal-educado ou tolo, e mais uma serie de coisas que se seguiriam numa lista enorme. Então preferimos sermos hipócritas escravos ou “mal-educados” livres? Muitos de nós ficamos condenados a não ter escolha por causa da criação, muitos de nós não paramos para pensar no assunto e levamos a vida desconfortável.
O nu social deve se despir destas, digamos assim, roupas apertadas. Todo mundo um dia acorda, chora e desabafa, ou quer morrer e não saber por quê, ou bebe demais e faz um discurso arrogante e depois fica na sombra dizendo que estava à luz da embriagues e não sabia do que estavam falando. Tudo é uma reação instintiva, uma resposta. Na certa algo machucou o calo que estas vestes apertadas causaram. Fingimos que vemos tudo turvo, fingimos que a vida é para ser assim mesmo.
Sentimos fome, sentimos sede, mas dependendo da situação, escondemos isto em prol da conveniência.

Outra coisa que vão jurar para si mesmos que não é verdade: Todos são racistas! Sem exceção. Costumo brincar dizendo que a regra é clara, pois somos todos bastardos racistas. Se o racismo não é sobre o negro, é sobre o índio, sobre o judeu, sobre o homem branco, sobre o caboclo, o de pele parda ou seja lá o que for, quando a única raça todos nós sabemos qual é: A raça humana. Tem gente que chega a formar um grupo contra os racistas, para fugir de si mesmos, fugir da culpa. Só quem está sofrendo a discriminação sabe o que se perde, o que se é menosprezado.
Outro soco na cara é o boa-vida. Quem nunca criticou um boa-vida?
Pode-se encontrar num dicionário qualquer da língua portuguesa o conceito de boa-vida: Pessoa que procura prazer na vida, evitando o máximo de trabalho. Eu gostaria de saber onde há crime nisto. Querem matar os boas-vidas por sentir aquela inveja presa na garganta. Mas se o cidadão pode, ele é livre. Você é livre pra fazer o que achar certo. Acontece que como já disseram muito antes de mim: “O inferno são os outros.” Sua liberdade não pode afetar ou sobrepujar a liberdade do outro. É só lidar com isso da melhor maneira possível, não precisa recorrer à humilhação alheia ou às agressões de toda e qualquer maneira.
Não sou a favor nem de anarquia nem de vandalismo, é bom que isso fique claro.